Cremesp absolve por unanimidade o médico Gustavo Khattar de Godoy

  • 21/02/2025
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Cremesp absolve por unanimidade o médico Gustavo Khattar de Godoy

O médico Gustavo Khattar de Godoy foi absolvido por unanimidade pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) em um processo envolvendo denúncias sobre supostas irregularidades relacionadas às atividades que exercia no Hospital Ouro Verde, em Campinas. Após analisar o caso, os membros do Cremesp concluíram que o médico agiu de forma ética e responsável. À época da denúncia, em 2018, o episódio ganhou amplo destaque na imprensa e impactou a classe médica.

O processo teve início a partir de fiscalizações realizadas no Hospital Ouro Verde, que é municipal. Na ocasião, foram apontadas condições inadequadas de funcionamento da unidade. Entre as questões levantadas estavam a demissão de profissionais, atrasos nos pagamentos de honorários médicos e desativação de leitos importantes, como os de UTI pediátrica. As irregularidades apontadas, que teriam ocorrido entre 2016 e 2017, estariam relacionadas a um cenário de dificuldades administrativas daquela instituição.

O médico Gustavo Khattar de Godoy, que na época integrava equipe médica dedicada ao atendimento de pacientes, foi denunciado em conjunto com outros profissionais, apontados como responsáveis por parte das irregularidades. O Cremesp, entretanto, analisou detalhadamente as "evidências" apresentadas e concluiu que as acusações direcionadas ao médico não tinham qualquer fundamento. As investigações mostraram que o profissional não tinha participação nas decisões administrativas que levaram às irregularidades alegadas.

O julgamento destacou a importância de separar responsabilidades médicas de questões administrativas. Segundo o Conselho, Gustavo Khattar de Godoy manteve a conduta ética mesmo diante de um cenário adverso, priorizando o atendimento aos pacientes e buscando minimizar os impactos causados pelas dificuldades estruturais do hospital. Essa postura foi determinante para a decisão pela absolvição unânime.

Durante o período analisado, diversas denúncias foram feitas contra a gestão do hospital, incluindo a redução de serviços, suspensão de cirurgias e falhas nos atendimentos críticos, como os de UTI. Relatórios apontaram problemas como atrasos nos pagamentos e a existência de contratos de médicos terceirizados. No entanto, ficou evidente que essas questões estavam fora das atribuições do médico, o que reforçou a sua isenção no caso.

A decisão Cremesp foi considerada pelo advogado Sergio Domingos Pittelli, responsável pela defesa de Gustavo Khattar de Godoy, como uma importante vitória pessoal do seu representado e para a classe médica como um todo. A postura, entende Pittelli, reforça o papel dos conselhos de medicina em garantir julgamentos justos e imparciais, protegendo profissionais de acusações indevidas. Além disso, destaca a importância de uma análise criteriosa nos processos éticos, especialmente em contextos complexos como no caso em questão.

Encerrado com justiça, acrescenta o advogado, o caso reafirma a importância de proteger profissionais comprometidos com a ética, mesmo em cenários desafiadores. A decisão do Cremesp não apenas encerra um ciclo dentro do processo, mas também fortalece a confiança na classe médica e no papel essencial que ela desempenha na sociedade, garantindo a preservação da qualidade no atendimento à saúde e reforçando os princípios que sustentam a prática profissional, finaliza a defesa de Gustavo Khattar de Godoy.


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